Vai encarar?
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Na postagem anterior, falamos sobre a profusão de
lançamentos cervejeiros e de fatos marcantes envolvendo a microcervejaria Wäls
neste último ano. Abordamos as tentativas dos mineiros de fazer uma cerveja
leve e refrescante dentro da escola americana, coroadas pela excelência de sua
Session! Citra IPA. Agora acabou a brincadeira: desta vez, falaremos só sobre
os pesos-pesados da Wäls deste último ano. Aqui, se tiver menos de 9% de
álcool, pede para sair!
Potentes, mas
equilibradas
A Wäls sempre teve um pendor para as características da
escola cervejeira belga, primando pela complexidade aromática da refermentação
na garrafa e pela importância da doçura do malte nos estilos mais pesados. Isso
se imprime também nas receitas de inspiração norte-americana que a cervejaria
tem lançado recentemente. Já vimos que o equilíbrio entre o lúpulo e o malte
foi uma das marcas das “lupuladinhas” da Wäls deste ano, sobre as quais falamos
na última postagem. A mesma marca se repete nas pesos-pesados: uma porrada de
lúpulo agradavelmente equilibrada por uma indulgente doçura. Só podia ser coisa
de mineiro! Heresia aos olhos dos puristas das “west coast IPAs”, que preferem
cervejas secas; regalia para aqueles que, como eu, não dispensam de vez em
quando um docinho para açucarar a vida.
Um dos rótulos mais
legais da Wäls.
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A primeira desses “pesos-pesados” inspirados na escola
americana foi lançada com exclusividade para o clube de cervejas Have a Nice
Beer: uma cerveja comemorativa do dia das bruxas, chamada a Wäls Abróba (IPA)2. Apesar
da sigla IPA no rótulo, a cerveja é uma mistureba de influências. Seus 9% de
álcool e seus 93 IBUs justificariam a classificação como double/imperial IPA,
ou, como sugere o rótulo, como uma “IPA ao quadrado”. Mas ela ainda leva doce
de abóbora mineiro na composição, lembrando as pumpkin ales típicas do
Halloween norte-americano, e é fermentada com leveduras belgas. Que tal
“Pumpkin Belgian Double IPA”? Ou que tal esquecer estilos e simplesmente
aproveitar?
A Wäls Abróba (IPA)2
tem coloração alaranjada, meio queimada, e um creme de bom desempenho. O aroma
é muito complexo, devido à sobreposição de elementos da receita, mas a
impressão que dá é que nem todos se harmonizam perfeitamente. Uma forte doçura
de melado de cana envolve os aromas da abóbora, que aparece nítida mas sem ser
enjoativa, e de lúpulos norte-americanos, que começam com um perfil cítrico
(laranja, maracujá) e depois vão abrindo um forte floral (lavanda, jasmim,
rosas), herbal (capim-limão, verbena) e apimentado. Alguma maçã vermelha
denuncia a presença do fermento belga, mas ele fica meio “perdido” no conjunto.
Ela entra bem doce na boca e depois abre um amargor residual impactante mas
limpo, sem raspar na garganta – o que já conta pontos positivos para mim. O
corpo é intenso e levemente xaroposo, denunciando a pesada carga de maltes. Uma
IPA com muita doçura para equilibrar o amargor. Boa cerveja, mas talvez um
pouco carregada. Como a receita foi lançada como uma edição limitada, não sei
dizer se voltará a ser produzida neste ano. (Clique aqui para ver a avaliação
completa)
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Em fevereiro, mais uma parceria, desta vez com a micro
paranaense Way Beer, deu origem à cerveja mais alcoólica do portfolio de ambas.
Trata-se da Wäls/Way Vanilla Hoppy Cookie, feita com adição de favas de baunilha durante a maturação. A cerveja
foi descrita como “double brown ale” e também como “Belgian brown ale”, o que
captura a mistura de estilos e influências da receita. A parceria acertou em
cheio para agradar quem gosta de cervejas intensas e licorosas, daquelas para
se tomar ao final da refeição, à guisa de licor e digestivo. A coloração é
marrom-atijolada transparente, bem bonita, e o creme não faz feio diante de tanto
álcool. No aroma, a baunilha é bem inserida, perceptível sem exageros, e
potencializa as fortíssimas percepções de caramelo e toffee trazidas pelo
malte. Há algo abiscoitado ao fundo, mas ela pende mais para a doçura
caramelada do que para o sabor mais tostado e seco do biscoito, sugerido pelo
nome e mais típico das brown ales. Uma avalanche de frutas em compota (cerejas
ao marrasquino, mamão cristalizado, banana passa) lhe dá um ar decidido belga, enquanto
o lúpulo alemão Polaris traz toques de gerânios e mentolado. O amargor potente
alcança os 90 IBUs e se impõe até de forma um pouco agressiva, mas é
sobrepujado no início e no final do gole por uma doçura avassaladora. Cerveja
de extremos. O aquecimento, excessivo, poderia ser mais comportado. O corpo é
intenso, cremoso e licoroso, quase mastigável. O perfil de caramelo e frutas
lembra mais uma Belgian dark strong ale do que propriamente uma brown ale,
atenuando a impressão pretendida de “cookie”. Uma delícia de cerveja, mas para
consumir com moderação devido aos seus excessos. Acho que tem futuro na adega.
(Clique aqui para ver a avaliação completa)
Este, por outro lado, eu acho um dos
rótulos mais feios do mercado nacional.
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No começo do ano, veio ao mercado uma double IPA intitulada Wäls Niobium. O nome faz alusão ao
metal nióbio, um dos produtos da cidade de Araxá (para onde a micro está em
processo de transferência), que é usado industrialmente na fabricação de
superligas metálicas. Daí a ideia de uma “super liga dos lúpulos”. Ela tem coloração
bem escura para o estilo, quase ameixa, com boa transparência e bom creme. No nariz,
o diferencial da receita é a “super liga” composta por 4 lúpulos de origens
distintas: o norte-americano Cascade, o australiano Galaxy, o alemão Polaris e
o tcheco Saaz. O resultado é uma viagem que reflete os diferentes terroirs da seleção: enquanto o Polaris
e o Saaz imprimem uma elegante austeridade de fundo, com aromas de menta,
camomila e apimentado, o Cascade e o Galaxy brilham com exuberância tropical,
remetendo a mamão-papaya, maracujá, uvas verdes, torta de limão e lavanda. A
composição é harmônica como uma peça polifônica de Bach. Uma pena que, à
semelhança de outras IPAs nacionais, os aromas mais exuberantes comecem vívidos
e vão gradualmente perdendo o frescor com o tempo. O malte é muito mais
presente do que o habitual para o estilo, trazendo fortes percepções de
biscoito doce, caramelo, melado de cana e um queimadinho de fundo. Ela entra
mais doce na boca e finaliza mais amarga na garganta, oleosa, sem raspar nem
agredir. O corpo é médio para alto, destacado para o estilo, um tanto melado.
Uma double IPA com personalidade, com bastante doçura, mas cujo destaque, para
mim, fica por conta da composição de lúpulos velho- e novo-mundistas. Ótima
cerveja. (Clique aqui para ver a avaliação completa)
Contudo, do meu ponto de vista, o verdadeiro destaque do
ano, até agora, foi uma cerveja de distribuição muito limitada, feita para
comemorar o aniversário de 6 anos do Empório Alto dos Pinheiros, em São Paulo,
e vendida com exclusividade pelo bar: a Wäls EAP Barley Wine 2014. A cerveja é uma barley wine robusta, com lúpulos
norte-americanos (a receita usa Cascade, Galena e Tettnanger) e maturada com
lascas de carvalho francês. Tem coloração vermelha atijolada, escura, e creme
de média persistência. No nariz, o carvalho é bem marcante, adicionando um
aroma vívido de cocada branca, alguma baunilha, toques minerais e um
condimentado lembrando noz-moscada que é típico da madeira francesa. Os lúpulos
trazem uma pancada floral de lavanda (um pouco excessiva para meu gosto, mas
acredito que a guarda possa atenuá-la), mentol e alguma laranja. O malte
comparece em peso com volumosa doçura de melaço de cana e caramelo, além de
algum tostado. Por fim, aromas de frutas passas (mamão cristalizado e tâmaras) lhe
dão ainda mais complexidade. Na boca, a doçura predomina, como nas
interpretações inglesas do estilo, mas o final é assertivamente amargo, como
nas norte-americanas. O aquecimento alcoólico é levemente exagerado, e o corpo
é intenso e licoroso.
Sobre o balcão do EAP. A garrafa é de
375ml,
embora a perspectiva da foto engane.
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Confesso que tive uma certa decepção, pois a cerveja foi
inicialmente anunciada apenas como sendo “maturada em carvalho”, o que me
acendeu as esperanças de uma barley wine com passagem por barricas, como a
lendária e aposentada Biertruppe Vintage nº 1, quando na verdade a Wäls EAP
matura em tanques de inox com lascas
de carvalho, fato que depois foi mais bem esclarecido. De qualquer maneira, é
uma baita cerveja para quem, como eu, é fã do estilo, e mata um pouco da nossa
vontade por madeira. Para nossa sorte, a cervejaria planeja repetir a dose nos
aniversários subsequentes do EAP, mas introduzindo pequenas variações na
receita, como lúpulos ou madeiras de origens distintas. Reserve espaço na sua
adega para envelhecer algumas garrafinhas! (Clique aqui para ver a avaliação
completa)
As surpresas dos
barris da Wäls
Se a barley wine comemorativa de aniversário do EAP adiou
meu sonho de ver uma Wäls maturada em barricas de madeira, isso não significa
que a cervejaria não venha fazendo experimentos nesse sentido. Foi o que pude
comprovar em minha última visita à fábrica da cervejaria em Belo Horizonte.
Desde minha visita anterior, em 2012, muita coisa havia mudado na Wäls. A
cervejaria inaugurou um “Tasting Room”, que abre aos sábados com prateleiras
para venda de produtos e um espaço para sentar e degustar rótulos da casa
acompanhados de diversos petiscos. O espaço estava absolutamente abarrotado de
gente quando o visitei, em abril deste ano. Não sei se era a empolgação com a
recente conquista do World Beer Cup, mas fica o aviso: se for à Wäls para comer
e beber, chegue cedo!
O cervejeiro da casa, José Felipe Carneiro, gentilmente me
convidou para conhecer um projeto experimental da Wäls: os barris de carvalho
usados pela cervejaria para maturar cervejas selvagens. Falou em cerveja
selvagem, é comigo mesmo! A cervejaria tem usado as cervejas maturadas nos
barris, algumas já com 2 anos de idade, para blendar com cervejas frescas, como
se faz em Flandres. Tive a honra de provar dois resultados. Batizado de Imperial Bretta Lager, o primeiro é
fruto de um blend da Wäls Pilsen com uma lager clara acidificada e com Brettanomyces. O resultado é
interessante: o aroma traz em primeiro plano os toques animais e frutados das Brettanomyces e alguma picância
lupulada, enquanto o malte se faz sentir macio na boca, com sabores de pão branco.
Mistura inusitada e interessante da leveza da pilsner com o frescor de Bretta,
mas estava acética em excesso.
Os barris com as selvagens da Wäls.
Fonte: acervo pessoal |
A segunda “brincadeira” que provei é um blend da Wäls
Petroleum maturada em barris, igualmente acidificada e com Brettanomyces, com a mesma cerveja fresca. A acidez deu uma leveza
insuspeitada à cerveja, enquanto o perfume acetonado e das Brettanomyces casou na proporção correta com a torrefação da
receita original. Por incrível que pareça, quando tomamos o blend lado a lado
com a versão fresca, todos os amigos que estavam comigo preferiram o blend – e
olha que nem eram beergeeks, muito menos apreciadores inveterados de sour ales
(meu caso). Por fim, tomei um golinho de uma Quadruppel acidificada direto do
barril, sem blendar. A complexidade aromática era muito interessante, mas o
aroma acético era francamente excessivo, lembrando vinagre balsâmico, com uma
acidez agressiva que desceu queimando a garganta.
De um modo geral, havia mais ácido acético do que deveria em
todas as três cervejas provadas, e nem mesmo os blends conseguiram disfarçar
isso. José Felipe, heroicamente capaz de reservar uns minutinhos de atenção
para mim mesmo com tanta gente na fábrica, explicou que a fermentação lática e
a maturação haviam sido feitas sem vedação do barril, o que facilitou a
proliferação de bactérias acéticas. Os resultados serviram como experiência e
aprendizado para a cervejaria, que agora está adquirindo novos barris para
fazer novas sours, corrigindo os erros das primeiras tentativas. Este é o
caminho: sour ales são cervejas difíceis de produzir e é melhor fazer assim do
que oferecer ao mercado um produto que ainda não está 100%. Aguardo ansioso!
A joia da coroa
Ao fim da visita, José Felipe generosamente nos ofereceu uma
garrafa da joia da casa: a Wäls Brut.
Já falei sobre essa bière brut na época em que ela foi lançada. Trata-se de uma Belgian
golden strong ale que sofre refermentação na garrafa com leveduras de vinho
espumante e passa pelo mesmo método usado na produção de champagne para a
maturação e a remoção do fermento. Mas, desde o lançamento, ela mudou muito de
feição. E para melhor. A maturação sobre leveduras, que antes era de 9 meses, agora
se estende por pelo menos 12. E os resultados são notáveis.
Na taça, ela ainda ostenta a mesma coloração dourada, com um
austero matiz acinzentado. O creme é de boa persistência, mas nota-se uma certa
turbidez que, em teoria, não deveria estar lá após a remoção das leveduras pelo
método tradicional. No aroma, o forte perfil frutado de golden strong ale se
tornou mais suave e agudo, com remissões secundárias a peras brancas e limão
siciliano. No centro do palco, contracenando com um intenso perfume de rosas e
com algum apimentado fenólico, os aromas terciários advindos da longa maturação
tomam a frente: nota-se um frescor herbal que lembra capim-limão fresco com
toques de mentol e pinho, um afago abaunilhado e um surpreendente e assertivo
toque animal com remissões a estábulo, couro cru e caprílico. Mais uma vez, o
que me veio à mente foi Bretta, mas José Felipe fez questão de me enviar um
laudo laboratorial atestando a completa ausência de leveduras do gênero Brettanomyces na cerveja. De onde vieram
esses elegantes toques animais? Mistérios do método champenoise e das leveduras
de espumantes.
Fonte: |
Na boca, ela abre o gole com uma vibrante acidez e pouca
doçura – os meses adicionais de maturação ajudaram a secá-la ainda mais. Depois
a acidez vai dando lugar a um amargor seco e picante que se prolonga no final,
tudo de forma delicada e equilibrada. Esta é uma cerveja que prima pela
sutileza, e não pela força. O corpo é leve e a textura é frisante, crocante,
devido à alta carbonatação, mas ela não tem aquela leveza na garganta e aquela
sensação de “engolir nuvens” que se encontra em outras cervejas do estilo. Em
comparação com a versão anterior, esta nova Brut mostra muito mais
personalidade e se distancia do território mais usualmente conhecido dos
bebedores de ales belgas “de abadia”. Pode chocar alguns, mas pode também
encantar outros tantos que mantenham a cabeça mais aberta. De qualquer modo, o
que posso dizer sem hesitar é que a Wäls está colocando no mercado, com esta
Brut, algo bem diferente de tudo o que temos nas prateleiras. (Clique aqui para
ver a avaliação completa)
E quem gostar da nova Brut pode preparar o bolso, pois a
cervejaria prepara o lançamento de uma versão millesimé. A palavra francesa significa, literalmente, “safrada”,
e, no mundo dos champagnes, serve para designar um rótulo que tenha sido
maturado na garrafa sobre a borra por um tempo mais estendido antes da remoção
das leveduras. A maior parte dos champagnes deriva de um blend de vinhos de
diferentes safras; os millesimés,
contudo, são produtos da longa maturação de uma única safra, daí a denominação.
E o que isso significa para nós? Que a Wäls está preparando uma versão da Brut
que passou um tempo de maturação ainda mais longo que os 12 meses habituais, e
que, portanto, possivelmente terá desenvolvido um perfil de maturidade ainda
mais acentuado. Não quero nem ver o preço que ela vai custar, considerando que
a versão regular da Brut ultrapassa os R$ 100. Talvez eu nunca possa prová-la,
mas, que a minha carteira vai coçar, isso vai.
Esclarecimento:
algumas das cervejas abordadas nesta postagem (Imperial Bretta Lager, Petroleum
e Quadruppel acidificadas e Brut) foram oferecidas pela cervejaria como
cortesia durante a visita que fiz à fábrica.
Vendo seus 2 posts sobre a Wals, dei-me conta do quanto de receitas novas que eles lançaram nesse último ano, realmente, e que, embora eu tenha acompanhado, nunca tivesse sumarizado na cabeça.
ResponderExcluirEu gostei bastante da Pumpkin, ainda mais considerando a escassez do estilo nessas nossas terras, e achei a Cookie sensacional. Não sou muito chegado a esse perfil de cerveja pesada e adocicada, mas amei essa cerveja, talvez por ser fã dos elementos (baunilha, chocolate, biscoito). Inclusive, acabei de me arrepender de não ter comprado mais pra tomar e pra deixar envelhecer.
A Niobium foi, de todas, a grande decepção. Aroma zero de lúpulo na garrafa que provei, só a base de malte (pesada e doce demais pro meu gosto). Sinceramente, o que eu tomei aqui não podia ser chamada sequer de IPA, em termos de aroma. Não sei o que houve, comprei a garrafa assim que chegou no EAP. Quem tomou no Mondial de la Biere no Rio disse que estava ótima. A minha veio faltando o lúpulo, infelizmente.
A EAP eu tomei lá on tap e não pude assimilar bem (bar lotado não é exatamente o local ideal pra se prestar atenção numa cerveja complexa como essa, né?), mas tenho uma garrafa aqui pra envelhecer. Convinha tomar uma fresca ainda, pra (talvez) ter alguma noção pra comparação para a envelhecida no futuro.
A Brut deles eu sempre tive curiosidade, considerando que adoro a da Eisenbahn, mas nunca cheguei a ter coragem de comprar. Interessante você ressaltar a sensação de levedura selvagem, pois você também menciona isso no artigo sobra a Eisenbahn Brut, e eu também sinto nitidamente nela. Provavelmente essas leveduras de champagne deixam um rastro desses. Bacana!
Olá, Edson!
ResponderExcluirEstranho mesmo o que você relata da sua Niobium. É uma pena, porque o aroma de lúpulo dela resulta de uma mistura inusitada e interessante. Quanto à EAP, só te digo que a versão em garrafa está nitidamente superior ao chope, em especial em relação à presença da madeira. Acho que você vai gostar quando decidir abrir a sua garrafa. Eu tenho algumas na adega, mas fiz questão de tomar uma fresca também!
As bière brut continuam sendo um mistério para mim, mesmo depois de eu pesquisar o que pude sobre o assunto e escrever 9 postagens aqui para o blog. Nem mesmo o José Felipe soube explicar exatamente o porquê dessa semelhança com leveduras selvagens. Há de se creditar à autólise das leveduras de espumante.
Abraços,
Alexandre A. Marcussi