Na última parte desta matéria, tivemos a oportunidade de
olhar com mais cuidado o que define uma lambic e discutir um pouco a ideia de
“fermentação espontânea” que caracteriza seus métodos de produção. Vimos que a
fermentação das lambics é produzida por uma série de microorganismos, incluindo
fungos e bactérias de diferentes gêneros, espécies e cepas, cujo número total
pode ultrapassar duzentos! Cada um desses microorganismos age em momentos
diferentes e traz contribuições diferentes para uma lambic.
Normalmente, numa cerveja ale ou lager convencional, a
fermentação é realizada por uma única espécie de levedura (mais frequentemente
uma única cepa isolada em laboratório) que leva em torno de uma semana para
completar o processo e transformar todos os açúcares fermentáveis em álcool.
Numa lambic, o processo todo chega a durar até três anos e se divide em pelo
menos 4 diferentes fases, desde o momento em que o mosto é resfriado até a hora
de engarrafar. Todos os microorganismos podem estar presentes desde o primeiro dia,
mas as dinâmicas de crescimento microbiológico e as mudanças de teor alcoólico
e pH fazem com que, a cada momento, um tipo de microorganismo se torne
dominante no mosto e esteja presente em quantidade suficiente para agir
decisivamente sobre a cerveja em fermentação. Vejamos quem são e o que fazem
essas criaturas em cada etapa do processo.
1ª etapa: o pesadelo
das lambics
A primeira etapa da fermentação de um mosto de lambic é
também a mais perigosa, e aquela que mais tem causado problemas em relação aos
padrões sanitários para a produção de cervejas na União Europeia. Diferentemente
do que ocorre com as lambics, o mosto de uma ale ou lager convencional é
inoculado com quantidades cavalares de leveduras, que se reproduzem a assumem a
dianteira do processo imediatamente, sem dar a outros organismos a chance de se
reproduzirem. Com as lambics, o papo é outro: como o cervejeiro não adiciona
leveduras ao mosto, a quantidade de leveduras recebidas do ar não é suficiente
para iniciar imediatamente a fermentação, de modo que o mosto se torna o
ambiente ideal para o crescimento de outros microorganismos agressivos, como
bactérias do grupo Enterobacter,
bastante perigosas para a saúde e associadas à deterioração de alimentos,
incluindo variedades simpáticas como Escherichia
coli (sim, os famigerados coliformes fecais) e Salmonella.
Escherichia
coli. Não são tão bonitinhas
quanto gatinhos
filhotes?
Fonte:
depositphotos.com |
Essas bactérias produzem imensas quantidades de ácido lático
e acético – o ácido lático é desejável, mas o ácido acético deve ser limitado
às menores concentrações possíveis para evitar uma acidez agressiva e
desagradável. Boa parte do ácido acético de uma lambic é produzida nessa
primeira etapa da fermentação. Além disso, as Enterobacter produzem odores e sabores desagradáveis, que deverão
se dissipar nas etapas subsequentes da fermentação, como DMS (que lembra
legumes cozidos e milho verde), mofo e um aroma fecal – delicioso, como você já
deve imaginar. Nesse primeiro momento, também ocorre a atuação de leveduras da
espécie Kloeckera apiculata,
responsável pela quebra de proteínas que tenham sobrado no mosto.
Toda essa atividade começa alguns dias após a brassagem e
dura aproximadamente uma semana. Há pouquíssimas contribuições positivas
trazidas por esse primeiro momento do ciclo, mas ele é uma consequência
inevitável do fato de que o mosto não é inoculado artificialmente. O objetivo
de todo produtor de lambic é apressar o máximo possível o término dessa fase e
iniciar com rapidez a próxima. Esse é um dos motivos pelos quais o mosto das
lambics só é brassado durante as estações frias do ano: as altas temperaturas
do verão iriam fazer com que essas bactérias nocivas dominassem o mosto com
muita violência. Felizmente, o feitiço das Enterobacter
acaba virando contra o feiticeiro: elas produzem tanto ácido que rapidamente
derrubam o pH do mosto de 5.1 para 4.6, criando um ambiente desfavorável para
seu próprio crescimento e dando espaço para outros microorganismos competirem
por nutrientes. Como essas bactérias não suportam baixo pH e níveis de álcool
superiores a 2%, rapidamente morrem na etapa seguinte.
As autoridades sanitárias da União Europeia começaram
recentemente a questionar a ocorrência de bactérias nocivas à saúde na produção
de lambics. Isso, somado ao desejo de minimizar as características negativas do
produto associadas a essa primeira etapa, fez com que alguns produtores
começassem a adotar medidas para interromper ou apressar artificialmente a fase
enterobacteriana. Uma forma de fazer isso é adicionar ácido lático alimentício
ao mosto para derrubar o pH subitamente e impedir a ação dessas bactérias.
Outra forma, mais natural e equilibrada, é adicionar bactérias láticas para que
ocorra a formação natural de ácido lático, inibindo o crescimento das Enterobacter, o que propicia um início
mais rápido da fermentação alcoólica e um crescimento mais vigoroso das
leveduras. Uma vez que os efeitos nocivos dessa fase não imprimem consequências
decisivas para o produto final se tudo der certo, cabe a cada produtor fazer a
escolha de interferir ou não no processo secular e natural de fermentação das
lambics.
2ª etapa: a primeira
fermentação alcoólica
Assim que as Enterobacter
começam a minguar, entram em cena personagens com os quais qualquer cervejeiro
está muito mais familiarizado: as leveduras do gênero Saccharomyces, as mesmas usadas para fermentar quaisquer outros
tipos de cervejas. Existe uma lenda de que apenas as leveduras Brettanomyces atuariam na fermentação
das lambics, mas a verdade é que o grosso do álcool é produzido por diferentes
espécies de Saccharomyces, como em
qualquer outro estilo cervejeiro. As
espécies mais frequentes são a S.
cerevisiae, a mesma das ales, e a S.
bayanus, muito usada na produção de vinhos espumantes.
As Saccharomyces
cerevisiae brigam com os cães
pelo posto de “melhor amigo do homem”.
Fonte:
www.art.com |
As Saccharomyces
começam a trabalhar entre 3 dias e 4 semanas depois do resfriamento do mosto, a
depender das condições atmosféricas e de temperatura, e só terminam seu
trabalho três ou quatro meses depois disso. Durante esta etapa, em torno de 60%
dos açúcares do mosto são convertidos em álcool etílico, o que elimina
definitivamente todas as Enterobacter
que possam ter sobrado da primeira etapa. Esta segunda parte da fermentação,
portanto, assemelha-se à fermentação das ales, inclusive no sentido de que as
leveduras se acumulam no topo do líquido e frequentemente extravasam para fora
dos barris de madeira onde o mosto fermenta, mas a diferença é que, no caso das
lambics, ela é bem mais lenta e ocorre num ambiente com pH mais baixo do que o
de uma ale convencional. Além do álcool, as Saccharomyces
produzem todos os compostos químicos e aromáticos normalmente encontrados nas
ales, inclusive ésteres frutados típicos de ales (lembrando bananas, casca de
maçã etc.) que serão depois reconvertidos pela ação metabólica das
Brettanomyces para dar lugar a outros aromas mais característicos das lambics.
Eventualmente, as Saccharomyces
irão parar de se reproduzir (o que ocorre assim que o pH cai abaixo de 4.5), consumirão
todos os açúcares que elas conseguem metabolizar (apenas uma parcela dos
açúcares totais do mosto de uma lambic) e darão espaço para o crescimento de
outros microorganismos mais tolerantes e com maior capacidade de metabolização
de açúcares. Como a lambic não é filtrada, o levedo morto acumula-se no fundo
do barril e, sofrendo autólise, libera nutrientes que irão fornecer alimento
para os microorganismos responsáveis pelas próximas etapas da fermentação. Uma
nova geração da microflora irá prosperar sobre os restos mortais das Saccharomyces.
3ª etapa: a
fermentação lática
A terceira etapa começa ao final da primeira fermentação
alcoólica, quando as Saccharomyces
dão lugar às bactérias produtoras de ácido lático, 3 a 5 meses depois do início
do processo todo. Como as lambics são produzidas durante o inverno, é normal
que isso ocorra no final da primavera, quase no verão, de modo que a
fermentação lática se estende pelas estações quentes do ano, durante um período
que varia entre 3 e 7 meses, a depender das condições climáticas.
Se a acidez das lambics for chocante demais
para
você, culpe as Pediococcus.
Fonte:
bioweb.usu.edu |
Como o mosto de uma lambic é pesadamente lupulado, as
substâncias antibacterianas oriundas do lúpulo inibem o crescimento de
bactérias do gênero Lactobacillus,
que não têm, portanto, quase nenhum papel na produção de lambics. Isso cria o
ambiente ideal para a proliferação das bactérias do gênero Pediococcus, mais resistentes ao lúpulo, que são as responsáveis
pela maior parte do ácido lático de uma lambic. Essas bactérias convertem carboidratos
em ácido lático. No início desta fase, cerca de 60% dos açúcares totais do
mosto já haviam sido consumidos pelas Saccharomyces;
ao final da fermentação lática, esse percentual subirá para aproximadamente
80%, derrubando a gravidade da cerveja para cerca de 1.012 e deixando apenas
cerca de 20% dos carboidratos iniciais para a próxima etapa.
Como resultado da ação da Pediococcus e da alta produção de ácido lático, a lambic adquire um
gosto extremamente ácido nesta etapa, que depois irá se atenuar e “arredondar”
nas etapas posteriores. A fermentação lática também propicia a formação de
grandes quantidades de um éster chamado lactato de etila, que dá às lambics um
aroma caracteristicamente fresco e frutado, bem distinto do perfil das ales. As
bactérias também produzem grandes quantidades de diacetil, que dão à cerveja um
gosto amanteigado desfavorável para lambics, mas todo esse diacetil é eliminado
nas etapas posteriores da fermentação e maturação da cerveja.
As Pediococcus
tendem a formar uma película viscosa no topo do líquido, composta por ácidos,
carboidratos e proteínas, que tem aspecto oleoso e se aglutina em formas que
lembram “cordões”. Os produtores referem-se a esta etapa dizendo que a lambic
está “doente”. Ela já pode ser bebida, mas tem textura oleosa e viscosa e ainda
não demonstra as características típicas da ação das Brettanomyces, que são a marca registrada do estilo. Essa película
oleosa começa a se dissipar com a primeira noite fria do ano, normalmente no
outono, e a partir daí já é considerada pronta para ser consumida ou blendada.
Mas isso não significa que esteja em seu ponto ideal de maturação.
4ª etapa: as Brettanomyces entram em cena
A quarta e última etapa do ciclo fermentativo das lambics é
aquela que dá ao estilo suas características mais distintas: os aromas
selvagens tipicamente produzidos pelas Brettanomyces
e o espantoso grau de atenuação, ou seja, de consumo de açúcares, o que deixa a
cerveja extremamente seca. Há pelo menos cinco espécies distintas de leveduras
dentro do gênero Brettanomyces, e
dezenas de cepas ou variedades. Todas compartilham algumas características
comuns, mas cada uma apresenta peculiaridades em seu comportamento metabólico.
As mais características das lambics são a B.
bruxellensis, nativa da cidade de Bruxelas (provavelmente dos antigos
pomares de cerejas da cidade), e a B.
lambicus, espalhada pelo cinturão rural a oeste da capital, conhecido como
Pajottenland. Esta é a denominação tradicionalmente usada pelos cervejeiros,
muito embora os biólogos hoje considerem que a B. lambicus seja na verdade uma variação da mesma espécie da B. bruxellensis. Como a ocorrência de
cada espécie e cepa muda de acordo com o ecossistema local, cada cervejaria possuirá
um terroir próprio, fruto da
composição microbiológica de suas instalações e seu entorno, dando a cada
lambic traços particulares e irreprodutíveis por outros produtores.
Acho que a Brettanomyces
daria um ótimo mascote para
o FC Brussels, time de futebol da capital belga.
Fonte:
www.etslabs.com |
Brettanomyces
exibem características metabólicas que as tornam únicas entre todas as espécies
de leveduras. Em primeiro lugar, elas possuem a capacidade de metabolizar e
converter em álcool praticamente qualquer tipo de carboidrato, incluindo o
amido, o que significa que, dado o tempo suficiente, as Brettanomyces vão consumir praticamente todos os açúcares de uma
cerveja, deixando-a completamente seca. Esse fenômeno é conhecido como superatenuação. Quando começa esta
etapa, a cerveja ainda tem uma certa doçura residual e contém cerca de 20% de
seus açúcares originais. A superatenuação não ocorre da noite para o dia: as Brettanomyces vão lenta e
progressivamente consumindo esses 20% dos açúcares, juntamente com os
nutrientes oriundos das leveduras que morreram até esse ponto. Uma lambic pode
chegar a demorar três anos para secar completamente, muito embora normalmente
finalize esta etapa da fermentação em até 16 meses – ou seja, quando atinge
quase dois anos de idade.
As Brettanomyces
não produzem apenas álcool. Além da superatenuação, elas são responsáveis pelos
aromas típicos das lambics, especialmente por meio de uma substância chamada
4-etil-fenol, cujo aroma, absolutamente particular, é normalmente descrito como
“animal”, com remissões a couro cru e cobertor de cavalo. Também produzem, em
menor quantidade, ácidos e ésteres caprílicos e cápricos, associados a aromas
caprílicos (semelhantes a queijo de cabra) e substâncias conhecidas como tetra-hidropiridinas,
cujo aroma é descrito como remetendo a rato. Além dos típicos aromas “animais”,
essas leveduras “selvagens” também sintetizam outros aromas cruciais para uma
boa lambic, como ésteres frutados (especialmente o lactato de etila), e
metabolizam o acetato de isoamila produzido pelas Saccharomyces. O acetato de isoamila tem um aroma característico de
banana e é uma das marcas das ales belgas, mas deve estar praticamente ausente
em uma lambic.
Muitas pessoas cometem o equívoco comum de imaginar que as Brettanomyces sejam microorganismos que
produzem sempre cervejas ácidas; contudo, essas leveduras produzem pequenas
quantidades de ácidos em comparação com outras bactérias necessárias para a
produção de cervejas selvagens realmente ácidas. Quando expostas a algum nível
de oxigenação, as Brettanomyces podem produzir quantidades moderadas de ácido
lático ou acético; no entanto, se forem usadas apenas na refermentação na
garrafa, praticamente não contribuem com a acidez da cerveja. No caso das
lambics, como vimos, a maior parte da acidez vem da ação da Pediococcus. Esta última fase apenas
complementa a acidez e a torna mais elegante e redonda.
As Brettanomyces
são leveduras oxidativas, que precisam de uma certa concentração, não muito
elevada, de oxigênio para se desenvolverem. Contudo, durante o período em que
se tornam dominantes, as Brettanomyces
formam uma película espessa sobre o líquido, parecendo uma espuma grossa e
branca, que protege a cerveja e a isola do ar, impedindo uma oxidação excessiva
do líquido. Como resultado, essa película inibe a proliferação de bactérias
aeróbicas, como aquelas do gênero Acetobacter
(bactérias acéticas), que imprimem uma acidez muito agressiva à cerveja. Ela
também pode conter quantidades variáveis de outras leveduras oxidativas, como a
Candida lambica ou a Pichia fermentans, que podem produzir
uma sensação levemente vínica, ou lembrando sidra.
A maturação estendida
e a refermentação na garrafa
A rigor, assim que a lambic se torna seca e sua gravidade
chega próxima de 1.000 (indicando que praticamente todos os açúcares se
esgotaram), a fermentação alcoólica termina. Contudo, a cerveja continua
evoluindo ao longo do tempo, dentro dos barris, durante pelo menos mais um ano.
Nesse último período de maturação estendida, a lambic pode receber mais
características de madeira ou de oxidação, e, o que é o mais importante, o
caráter aromático das Brettanomyces
irá se aprofundar, intensificando os aromas animais e frutados típicos do
estilo. É por isso que os produtores esperam até que a lambic tenha pelo menos
três anos para que ela seja usada para blendar com outras lambics mais jovens
na produção das gueuzes: a profundidade aromática de uma lambic bem maturada
irá refletir-se no caráter bem-acabado e maduro do produto final.
Quando uma lambic bem maturada é misturada a uma lambic
jovem e o blend resultante é engarrafado, os açúcares residuais da lambic jovem
(que apenas iniciou a quarta etapa da fermentação e, portanto, ainda não sofreu
superatenuação) darão origem a uma nova refermentação na garrafa, reiniciando a
quarta etapa do processo. Como, neste caso, a cerveja está na garrafa e não
mais no barril, o gás carbônico produzido nessa fermentação alcoólica não tem
para onde escapar e se dissolve no líquido, produzindo carbonatação. É assim
que todas as gueuzes e fruit lambics adquirem sua intensa e característica sensação
frisante!
Se quisermos resumir todas as informações que vimos, podemos
dividir o ciclo microbiológico das lambics em cinco etapas: a primeira e mais
curta, dominada pelas bactérias do tipo Enterobacter,
é perigosa por produzir compostos desagradáveis e nocivos à saúde. A segunda,
realizada pelas leveduras do gênero Saccharomyces,
produz a maior quantidade do álcool de uma lambic. A terceira, dominada pelas
bactérias Pediococcus, é responsável
pela maior parte da acidez da cerveja. A quarta é realizada pelas Brettanomyces e corresponde à
superatenuação e à produção dos aromas típicos do estilo. Por fim, a quinta é
uma longa maturação que apura o paladar e os aromas do produto.
Na próxima parte desta matéria, entenderemos quais são os
procedimentos empregados pelos produtores para garantir o sucesso de todo esse
longo e complexo ciclo fermentativo, bem como veremos algumas inovações
introduzidas modernamente por algumas cervejarias. Analisaremos técnicas e
métodos produtivos antes de podermos compreender o perfil sensorial do produto
resultante desse longo processo!
Cara, já viu esse artigo?
ResponderExcluirhttp://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3329477/#__ffn_sectitle
É de pesquisadores da UCDavis (California) que estudaram por 3 anos a evolução e a microbiologia da Coolship Ale da Allagash (de Portland, Oregon), uma reprodução de Gueuze local feita praticamente idêntica a uma lambic tradicional, com inoculação "natural" e tudo.
E, a constatação é exatamente a mesma que você cita: Enterobacter -> Sacaromices -> Lacticbacter -> Brett. Mas tem gráficos com as culturas predominantes ao longo do tempo e tudo mais. Animal (literalmente)!
Parece que foi um trabalho de mestrado, talvez até tenha uma tese muito, com muito mais informação do que o artigo em si, mas não cheguei a procurar.
De qualquer forma, é uma ótima referência sobre o assunto.
Sensacional! Eu conhecia a série Coolship da Allagash, mas não conhecia esse estudo. Impressionante como, do outro lado do Atlântico, a sequência fermentativa é quase rigorosamente igual. Isso é para aqueles que insistem em reproduzir o mito de que só a microflora do vale do rio Senne produz lambics.
ResponderExcluirAbraços,
Alexandre A. Marcussi
A palestra, se te interessar, é essa. (Na realidade, nem é sobre lambic, é sobre bottle conditioning, mas aí o cara da Allagash aproveita pra dar uma valorizada no produto, né? =)
ResponderExcluirhttp://www.craftbeerradio.com/cbr-savor/SAVOR.2014.05092014.BottleConditioning101.mp3
Interessante é que ele diz que uma coisa que eles notaram é que a inoculação só funciona bem no outono, então a brassagem ocorre nessa época do ano só. (Não vi se tem isso no artigo, não li todo ainda).
Corrigindo, a Allagash é de Portland, Maine, costa leste. Nada a ver com Oregon. =P
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